Por: Larissa Cunha
Na hora de tomar qualquer suplemento, é comum surgirem dúvidas. Hoje, vamos falar sobre os carboidratos, que são nossa principal fonte de energia. Seu consumo é essencial para que possamos realizar atividades cotidianas como caminhar, trabalhar e praticar esportes.
A principal função dos carboidratos é impedir que nosso nível de glicose baixe. Com a diminuição da glicose, podemos sentir tontura, fraqueza e fadiga muscular. Eles também são responsáveis por nutrir as células do sistema nervoso central, evitando o cansaço físico e o estresse.
Para atletas e praticantes de atividades físicas, os carboidratos são ainda mais importantes. Seu consumo em quantidade insuficiente obriga o organismo a retirar a energia necessária dos músculos, levando à perda de massa muscular, justamente o oposto do que esses indivíduos procuram.
Antes de mais nada, precisamos entender como funciona cada tipo de carboidrato, suas principais propriedades e peculiaridades.
MALTODEXTRINA – IG (índice glicêmico) 105
Polissacarídeo que se quebra em glicose para depois ser absorvido, trata-se de um carboidrato complexo que contém polímeros de dextrose. Esses polímeros são metabolizados lentamente, fornecendo energia durante atividades físicas de resistência e longa duração, liberando glicose em uma velocidade moderada no sangue.
O suplemento de maltodextrina da Integralmédica tem como característica especial o fato de não possuir açúcares redutores em sua fórmula, fornecendo como única fonte de energia os carboidratos complexos.
DEXTROSE – IG (índice glicêmico) 111
Monossacarídeo (glicose), trata-se de um carboidrato simples com absorção mais rápida. A dextrose provoca pico de insulina, fornece energia rápida e repõe imediatamente as reservas de açúcar no organismo.
Teoricamente, a dextrose tem absorção bem mais rápida quando comparada com a maltodextrina. Na prática, no entanto, os resultados não mostram diferenças significativas entre as duas. Ambos os suplementos elevam a glicemia, aumentam a insulina e reduzem o catabolismo proteico.
Mesmo sendo um carboidrato complexo, a Maltodextrina possui as ligações que a tornam complexas muito fracas, sendo assim, esse tipo de carboidrato aumenta a insulina apenas um pouco mais lentamente que a dextrose.
Não se recomenda o consumo de dextrose por diabéticos.
WAXIMAIZE – IG 32 - A inovação do momento.
Waximaize ou amilopectina é um carboidrato extraído do amido de milho ceroso. Amidos cerosos são hidratos de carbono derivados de várias fontes como arroz, cevada e milho. O nome “ceroso” originou-se do fato de que, sob um microscópio, sua estrutura tem semelhanças com a cera real, mas apenas na aparência.
Essa fração do milho, de baixa osmolaridade, tem a característica de drenar líquidos do tecido subcutâneo para dentro do volume muscular, poupar os estoques de glicogênio e ser um excelente carregador de nutrientes como creatina, glutamina, BCAA e arginina para dentro da parede intestinal. Libera energia gradualmente durante o exercício e controla o pico glicêmico sem aumentar rapidamente a insulina no organismo.
Apresenta diferenças quando comparado à maltodextrina ou à dextrose. É constituído de 70% de amilopectina e 30% de amilose, isso permite sua quebra em diversos pontos ao mesmo tempo, facilitando a digestão e fornecendo energia constante, sem pico de insulina.
O waximaize apresenta excelente digestão e absorção e é livre de glúten. Se tomado da maneira correta, não provoca edemas ou retenção de água. Contribui para a reposição de glicogênio e proteínas musculares e pode ser consumido tanto durante o treino (resistência / endurance) quanto no pós-treino imediato.
O uso de suplementos deve ser prescrito de acordo com a estratégia da dieta e do esporte praticado e requer orientação personalizada, pois nem todas as pessoas precisam utilizá-los.
Procure sempre a ajuda de um profissional habilitado.
REFERÊNCIAS:
FAYH, A. P.T, UMPIERRE, D., SAPATA K. B. et al. Efeitos da ingestão prévia de carboidrato de alto índice glicêmico sobre a resposta glicêmica e desempenho durante um treino de força. Rev Bras Med Esporte vol.13, 2007.
SAPATA, K. B., FAYH, A. P., OLIVEIRA, A. R. Efeitos do consumo prévio de carboidratos sobre a resposta glicêmica e desempenho. Rev Bras Med Esporte vol.12 no.4, 2006.
MOORE, G. R. P., CANTO, L.R., AMANTE, E. R., SOLDI, V. Mandioca e amido de milho na produção de maltodextrin. Quím Nova vol.28 no.4, 2005.
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