por Jean Silvestre
Uma das principais chaves para o processo de hipertrofia muscular é, além do aporte calórico necessário, um consumo adequado de proteínas em termos de quantidade e qualidade.
É bem descrita na literatura científica a importância do consumo de valores adequados de proteínas para o máximo processo anabólico possível, e há também evidências suficientes para nos mostrar que, além de olhar para a quantidade, focar na qualidade é também uma ótima estratégia. Diversos estudos vêm comparando a influência de diferentes fontes proteicas sobre a hipertrofia muscular.
Esses estudos trazem comparações tanto entre fontes proteicas líquidas e sólidas quanto entre fontes animais e vegetais. Para melhor discutir esse assunto, vamos nos basear num estudo da professora Louise Burke, grande nome da ciência que nos trouxe muitas respostas aplicadas na prática clínica atualmente.
A professora, em alguns de seus estudos, trouxe respostas para alguns dos nossos questionamentos: em que momento é mais conveniente utilizar uma proteína líquida ou sólida? Quais as melhores fontes proteicas?
Bem, vamos lá: em 2012, a professora Louise Burke avaliou o efeito de diferentes fontes proteicas sobre a quantidade de aminoácidos no sangue (aminoacidemia).
Cinco tipos de refeições foram tomadas como base:
1 – leite em pó com água;
2 – bebida com soja;
3 – carne vermelha;
4 – ovos;
5 – barra proteica batida com água.
Os voluntários consumiram diferentes porções das refeições para que a mesma quantidade de proteínas fosse alcançada. Após avaliar a aminoacidemia ao longo de 3 horas, os pesquisadores constataram que as refeições líquidas possuíam uma digestão mais rápida comparadas às refeições sólidas. Também verificaram que após 2 horas a aminoacidemia aumentou para o consumo de alimentos sólidos.
Esse estudo nos traz respostas interessantes para serem aplicadas na prática clínica: caso haja a necessidade de liberar aminoácidos de forma mais rápida para o músculo, a ingestão de bebidas proteicas pode ser uma estratégia interessante. Caso não haja essa urgência, a refeição sólida cai muito bem. Como o leitor já deve ter percebido, tudo dependerá da rotina de cada indivíduo, e deve ser considerada sua real necessidade de hipertrofiar a musculatura, por isso a importância de acompanhamento com nutricionista.
Referência bibliográfica:
Burke, L. M. et al. Effect of intake of different dietary protein sources on plasma amino acid profiles at rest and after exercise. International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism. v. 22, p. 452-62, 2012.
Fonte: https://integralteam.integralmedica.com.br/os-diferentes-tipos-de-proteinas-no-processo-de-hipertrofia/
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