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sexta-feira, 29 de junho de 2018

10 dicas para Men's Physique

Antes de 2012, ano que a IFBB inseriu a categoria Men’s Physique nos seus campeonatos, se alguém quisesse competir nos palcos da federação, teria que ser no Bodybuilding.
Não havia outra opção e isso significava o desafio de grandes ganhos de massa muscular, o que é inacessível para muitos.

Quando o Men’s Physique surgiu, a categoria foi duramente criticada, porém, desde então, ela cresceu e se tornou a categoria mais popular, e hoje já conta com grandes atletas.

Mas afinal, o que os árbitros buscam?
De uma forma clara e concisa, os árbitros buscam:
Volume moderado, um bom condicionamento físico, forma e simetria adequada e um bom estado geral.

Para ficar mais claro vou elencar uma série de dicas bastante importantes que fui aprendendo ao longo de minha carreira:

Dica número 1 – Se você pretende competir, procure ver e ter como referência os campeões dos anos anteriores!
Preste atenção na aparência e na maneira como se apresentam. Procure conversar com esses atletas e seus treinadores, um dia eles também tiveram as mesmas dúvidas que você e – provavelmente – irão lhe ajudar.

Dica número 2 – Fazer um plano de dieta e treinamento inteligente é fundamental para adequar o seu físico ao padrão da categoria: o V Shape!
Para isso você deve ter um treinador capacitado. Todos os atletas de ponta trabalham, ou já trabalharam com treinadores. O V Shape é critério essencial, portanto de mais ênfase a grupos musculares como os Deltoides, os Dorsais e sua linha de cintura.
Não se esqueça: é importante apresentar o físico em forma de “V”.

Dica número 3 – Se você tem a mentalidade de um Bodybuilder, então você está na categoria errada!
O Bodybuilder sempre visa o ganho de massa muscular e se sente melhor quando está com o físico grande, o que é considerado fora do padrão da categoria Men’s Physique.

Dica número 4 – Não tenha preguiça de pensar no seu treino!
Trabalhe com mais ênfase os grupos musculares que você precisa.
Atenção: a categoria pede Deltoides mais desenvolvidos, assim como costas largas, então procure usar mais as polias altas e recrutar o mínimo possível os músculos sinergistas (músculo sinergista é o musculo que auxilia o movimento).

Dica número 5 – Cuidado. As pessoas tendem a arruinar o seu metabolismo, esgotando drasticamente a ingestão calórica e fazendo cardio excessivo!

Dica número 6 – Outro critério muito importante é a apresentação!
Saber se apresentar da melhor maneira, com segurança e sendo capaz de demostrar a sua personalidade, são fatores decisórios para está categoria.

Dica número 7 – Pratique com regularidade a sua apresentação!
Não tenha duvida, está é uma dica muito importante, não negligencie nem menospreze este ponto, isso pode fazer a diferença em um palco.

Dica número 8 – Não tente ser igual a ninguém!
Não é errado olhar para o topo e tê-los como referências, mas ao imitar tudo, você perderá a sua essência e não ficará confortável. Crie a sua própria identidade no palco.

Dica número 9 – A cor da bermuda pode influenciar sua colocação na competição.
Pesquise as cores mais usadas de bermudas, não saia muito do tradicional, pode ser um risco. Em alguns casos chega até a comprometer algumas colocações.

Dica número 10 – Como sempre, nem tudo sai como planejamos!
Caso você não conquiste a colocação esperada, não faça cena e em hipótese nenhuma brigue com os árbitros.
Pergunte a eles o que você pode fazer para melhorar a sua colocação nas próximas competições.
Afinal, é sempre muito difícil avaliar a si próprio, ou alguém que gostamos.

Imagino que com esses 10 passos colocados neste texto vocês consigam ter uma ideia de como começar uma preparação para competir no Men’s Physique.

Mas entendam, o sucesso na categoria nem sempre está atrelado 100% ao melhor físico, mas sim ao melhor conjunto apresentado

Até a próxima.

texto por Ricardo Pannaim

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Beta Alanina, o que é?

A beta alanina é um aminoácido não-essencial produzido naturalmente pelo corpo, ela se liga ao aminoácido histidina nas células musculares para formar a carnosina. 

Níveis elevados de carnosina reduzem a ação do lactato na musculatura evitando a perda da capacidade contrátil e perda da resistência, ou seja,tem função ergogênica já que mantém um alto nível e qualidade das contrações musculares por mais tempo. 

A beta-alanina também possui alguns benefícios não relacionados a carnosina. Devido à sua estrutura, a beta-alanina vem sendo reconhecida como um neurotransmissor, já que estimula o sistema nervoso central. Esta é uma das razões pelas quais muitas pessoas sentem um aumento do estado de alerta e de energia após o consumo, e por isso ela vem sendo inserida em muitos pré-treinos. 


                       
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Como tomar?

Para se ter o pico do efeito da beta alanina o ideal é que se faça o uso continuo por um período entre 8 a 12 semanas, pois, assim como a creatina ela é estocada na musculatura e utilizada quando o corpo necessitar de maior esforço para completar uma serie ou tarefa.

A forma mais comum utilizada por atletas vem sendo o consumo entre 2 e 4 gramas ao dia divido em duas doses, uma entre 30 e 60 minutos antes do treino e uma logo após o treino. 

terça-feira, 26 de junho de 2018

Força Muscular e emagrecimento

A importância da força muscular no processo de emagrecimento - Gustavo Barquilha

Bea et al (2010) monitoraram 122 mulheres pós-menopausa durante um período de 6 anos. As voluntárias foram divididas em 3 grupos: um grupo controle (que não treinou), um grupo que treinou o tempo todo, e outro grupo que ficou sem treinar durante um ano, mas depois voltou a treinar força.
As cargas de treino ficaram entre 70 e 80% de 1 RM, com a realização de 8 exercícios, duas vezes por semana. Em síntese, as pessoas que tiveram maior aumento de força foram as que melhor controlaram o peso, e mais preservaram massa muscular. Esse resultado é extremamente importante, principalmente devido à perda natural de força e massa muscular esperada nessa população.
Na discussão, os autores citam alguns estudos clássicos que demonstram a importância do treinamento de força no processo de emagrecimento, especialmente, quando comparado com o treinamento de endurance feito isoladamente, ou seja, não acompanhado de treinos de força. O principal ponto levantado pelos autores é que treinar endurance isoladamente pode proporcionar perda de peso, mas trazendo como consequência também a perda de massa magra e a diminuição da taxa metabólica de repouso.
Resumindo, utilizar exercícios com pesos, independentemente do treinamento aeróbio, ajuda, e muito, no processo de emagrecimento saudável. O mais preocupante é que, muitas vezes, pessoas com esse perfil chegam ao meu consultório relatando treinos de musculação feitos com baixa intensidade e, ainda por cima, associados com exercícios aeróbios de baixa intensidade e longa duração!
Após o término de alguma atividade física, o consumo de O2 pode não retornar aos valores de repouso imediatamente. Essa demanda energética durante o período de recuperação após o exercício é conhecida como consumo excessivo de oxigênio após o exercício (EPOC). Esse consumo é uma das variáveis que pode influenciar o processo de perda de peso, aumentando o gasto calórico total. Vale salientar que o EPOC representa apenas uma parte do processo de emagrecimento.
Mais uma vez, verificamos a importância de utilizar a estratégia de treino mais eficaz para cada objetivo, o que só pode ser feito por especialistas. Consulte sempre um profissional de educação física para avaliar seu caso individualmente.
Referência:
Bea JW., et al. Resistance Training Predicts Six-Year Body Composition Change in Postmenopausal Women. Med Sci Sports Exerc. 2010 July ; 42(7): 1286–1295.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Ômega 3 e Obesidade

Os ácidos graxos ômega 3 são ácidos graxos poli-insaturados e são obtidos por meio da dieta ou produzidos a partir de outros ácidos como linoleico e alfa-linolênico por ação de enzimas conhecidas com elongases e dessaturases.
Os ácidos graxos mais estudados são o ALA (ácido alfalinolênico), o EPA (ácido eicosapentaenoico), e o DHA (ácido docosahexaenoico), o ALA está presente em produtos de origem vegetal como linhaça, nozes e soja, e o EPA e o DHA presentes nos peixes, óleo de peixe e algas marinhas.

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Historicamente são conhecidos como nutrientes com ação anti-inflamatória, melhora da saúde cardiovascular, com melhora no perfil de colesterol bom, controle triglicérides e uma recente meta analise confirma esses benefícios (1).
Obesidade é uma doença crônica de etiologia multifatorial mais que podemos considerar o sedentarismo e má alimentação como dois dos pilares da causa da doença.
O tecido adiposo branco constitui a maior parte do tecido adiposo do nosso corpo, é considerado um órgão endócrino por produzir citocinas inflamatórias que podem causar síndrome metabólica, resistência insulina (2).
A obesidade causa alterações no tecido adiposo e está associada com um processo inflamatório crônico como proposto na figura 1.
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Figura 1.  Tecido adiposo sofre hipertrofia através do excesso de calorias, resultando na infiltração de macrófagos e produção de citocinas inflamatórias (TNF, IL-6, MCP-1, PAI-1) que podem causar alterações em triglicérides, resistência insulina e síndrome metabólica (2).

Estudos com a suplementação de ômega 3 tem mostrado efeitos positivos sobre a modulação da leptina circulante (3). A leptina é produzida no tecido adiposo, e é responsável pela modulação do apetite.
As doses efetivas da suplementação são de 1 a 3g/dia na forma de óleo de peixe (4).
Os ácidos graxos ômega-3 do óleo de peixe (EPA e DHA) apresentam importante efeito terapêutico em diversas doenças, por serem potentes nutrientes com ação anti-inflamatória, no quadro de resistência à insulina (alteração que faz a insulina não funcionar direito), a suplementação com ômega-3 apresenta melhora na sensibilidade da insulina por inativar uma proteína quinase C (5) que interfere na expressão de enzimas que metabolizam açúcar no sangue e aumentam a oxidação dos ácidos graxos (Figura 2).
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Figura 2: Seu mecanismo de ação é estimular sinalização através do receptor GPR120, inibindo fosforalização e ativação da TAK. TAK é uma kinase que estimula resposta inflamatória ativando IKKB/NFkB e JNK/AP1, a suplementação com n-3 PUFA inibe TAK, inibindo TNF (5).

No paciente com obesidade é comum os exames de rotina confirmarem quadro de resistência insulina, marcadores de inflamação elevado e esteatose hepática não alcoólica, um estudo recente *
Esteatose hepática não alcoólica e excesso de triglicérides no sangue são alterações que podem acompanhar pacientes com obesidade, um estudo recente (6), mostrou resultados melhores na inibição da SREBP-1 (proteína 1c ligadora do elemento regulatório do esterol) com a adição de ômega 3 em conjunto com o ácido ursodesoxicólico, melhorando quadro do fígado gorduroso em ratos, podendo ser uma das estratégias nutricional para tratamento dessa patologia.
Procure seu médico ou nutricionista antes de tomar qualquer suplemento alimentar.

Referências:
  1. PLoS One.2015 Oct 2;10(10)
  2. Nutrients 2013, 5, 1672-1705; doi:10.3390/nu5051672
  3. European Journal of Clinical Nutrition67, 1234-1242
  4. Adv Clin Exp Med 2015, 24, 6, 931–941
  5. Cell Metabolism, 15, Issue 5, p564–565
  6. Experimental & Molecular Medicine (2014) 46, e127

Conheça mais sobre o Dr.Rodrigo Loschi em :

sábado, 23 de junho de 2018

Hipercalórico: Um guia com tudo o que você precisa saber

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Ao contrário da enorme demanda popular por suplementos para ajudar na redução do peso, como é o caso dos produtos termogênicos, há muitas pessoas que estão tentando fazer o oposto. Elas têm grande dificuldade em ganhar alguns quilos na balança ou aumentar os seus músculos, por isso, muitas vezes já escutaram ou leram alguma sugestão sobre o uso de hipercalóricos.
Na vida corrida em que vivemos, a maioria de nós tem pouco ou nenhum tempo para cuidar das nossas necessidades nutricionais. Um dos efeitos disso, é que nem todos são capazes de alcançar os objetivos de ganho de massa magra ou consumo alimentar. Independentemente da disponibilidade da nossa agenda, a verdade é que nossa aparência tem um papel importante em nos motivar e aumentar a confiança.
Quando você entra no mundo dos exercícios, costuma ser bombardeado com muitos termos e informações que visam ajudá-lo a obter o físico desejado. Enquanto grande parte dessas novidades podes ser compreendida facilmente, entender o mundo dos suplementos é um tanto quanto complexo para a maioria.
Pensando em tudo isso, trouxemos um verdadeiro guia sobre o uso de hipercalóricos. Se você não quer correr o risco de ter um conhecimento superficial sobre assunto, continue a leitura e saiba mais!

O que é um hipercalórico?

Em primeiro lugar, é essencial se familiarizar com o básico sobre os hipercalóricos. Esse tipo de suplemento é projetado especialmente para ajudar a fornecer ao consumidor tudo o que ele precisa para ganhar peso mais rapidamente.
Ele não é, especificamente, um suplemento de construção muscular, mas sim voltado para pessoas que lutam para conquistar ou não perder quilos — como indivíduos com metabolismo extremamente alto e atletas com elevado gasto energético.
Geralmente, os hipercalóricos possuem grandes quantidades de calorias e nutrientes. Esse suplemento tem como objetivo proporcionar de maneira simples a ingestão diária de energia e macronutrientes necessários ao seu organismo.

Por que ele é recomendado?

Você provavelmente já sentiu o desejo de aumentar e acrescentar músculos ao seu corpo e sabe que não é o único. Milhares de pessoas planejam e começam a seguir um novo tipo de treino todos os dias. Infelizmente, nem todos conseguem alcançar as metas inicialmente planejadas, não é mesmo?
Existem inúmeros obstáculos que podem impedi-lo de fazer as transformações desejadas e uma das maiores é a falta de progresso. Apesar de frequentar academia e desgastar os músculos todos os dias, muita gente não consegue obter os resultados que almeja. E isso pode ser extremamente desanimador.
Se o seu objetivo é ganhar força e músculos, então, como regra fundamental, deve aumentar suas calorias diárias acima dos níveis de manutenção, a fim de fornecer ao seu corpo os nutrientes suficientes para construir mais tecido muscular.
Todavia, em diversos casos, mesmo que com a adesão a uma alimentação saudável e aumento gradual dessas calorias, alguns, com o tempo, param de notar os resultados ou se queixam que fica difícil preparar e consumir muitas e mais refeições a cada dia. Essa pode ser hora de considerar o uso de um suplemento hipercalórico.

Qual a função de um hipercalórico no organismo?

Basicamente, sua função é adicionar — de maneira prática, conveniente e de baixo custo — calorias de proteínas, carboidratos e as vezes gorduras a sua dieta. Isso é especialmente necessário quando alguém sofre em conquistar o aumento do peso e do desenvolvimento muscular.
Os hipercalóricos são indicados principalmente para 4 tipos de pessoas:
  • aquelas com uma rotina muito ocupada, que têm dificuldade em administrar ou conseguir tempo suficiente para ter uma dieta adequada;
  • pessoas com o apetite reduzido, que não consomem a quantidade ideal de alimentos para satisfazerem suas necessidades calóricas essenciais no crescimento;
  • os extremamente magros, que mesmo comendo muito não conseguem aumentar os números na balança;
  • atletas de alto nível com altas demandas energéticas, que são praticamente incapazes de serem alcançadas por meio da alimentação habitual.

Quais são os benefícios desse tipo de suplementação?

Aqui estão algumas das razões pelas quais você deve optar pelos hipercalóricos:

Aumento do consumo de calorias

Como citamos, um benefício claro dos hipercalóricos é aumentar seu consumo de calorias e permitir que seus músculos cresçam mais. Você pode levantar pesos o dia todo e até se arriscar a sofrer lesões na musculação, mas nunca verá um aumento no tamanho e na força se não alimentar o corpo com os nutrientes necessários.

Nivelamento de macronutrientes

Um bom ganho de massa deve ter uma proporção de carboidratos, proteínas e gorduras especialmente dividida para o desenvolvimento de músculos.
Isso pode ser difícil de realizar com alimentos sem pesagem, contagem de calorias e toda essa complicação. Por isso, ter uma mistura que proporcione exatamente o que seu corpo precisa para crescer, certamente, contribui para o seu físico e sua saúde.

Fornecimento de energia

Além de ajudar a aumentar as calorias consumidas, os hipercalóricos estão cheios de proteínas e carboidratos de alta qualidade. Tudo isso, combinado a micronutrientes, ajudarão você a ter a energia necessária para completar os treinos.
Nesse sentido, os carboidratos simples são especialmente úteis, uma vez que são rapidamente absorvidos e aumentam os níveis de glicogênio muscular. Assim, fornecem aquele gás na hora no treino.

Fornecimento de minerais e outros nutrientes importantes

A maioria dos hipercalóricos contém whey protein, albumina e creatina em sua composição, além de vitaminas e minerais fundamentais à nossa saúde como o cálcio e o sódio. Essa é uma combinação incrivelmente poderosa de nutrientes que promove o equilíbrio do organismo.

Auxilia na recuperação e no crescimento dos músculos

Tomar aminoácidos essenciais e não essenciais com o whey — e outros presentes nesse tipo de suplemento —, é como uma super fórmula para o desenvolvimento de músculos grandes e saudáveis.
Por ajudar na recuperação muscular eles também colaboram para você manter um cronograma de treino consistente e continuar ganhando massa muscular e força sem faltar a academia.

Mantém seus ganhos enxutos

Uma vez que os hipercalóricos são especificamente formulados com quantidades corretas de macronutrientes, seus ganhos serão muito melhores do que se você comer uma grande quantidade de alimentos que poderiam incluir muito mais gordura, por exemplo frituras ou alimentos processados. Isso ajuda seus ganhos a serem, principalmente, no músculo em vez de um excesso de gordura corporal.

Qual a composição desse tipo de suplementos?

Os principais macronutrientes ofertados nos hipercalóricos incluem:

Carboidratos

Existem diversas fontes de carboidratos que são indicadas para diferentes finalidades. Algumas delas são:
  • dextrose;
  • maltodextrina;
  • frutose.
Se você tem como meta o ganho de peso, o seu plano de nutrição deve consistir em pelo menos 60% de carboidratos. Os carboidratos de qualidade fornecem energia para alimentar exercícios vigorosos e melhorar o transporte e a utilização de proteínas. Também é muito importante consumir carboidratos após os treinos, pois eles ajudam na reposição de glicogênio muscular.
Dependendo do tipo de carboidrato, alto ou baixo índice glicêmico, os hipercalóricos serão focados mais no pós-treino — com carboidratos de alto índice — ou como substituto de refeição, contendo carboidratos de baixo índice.

Proteína

As fontes mais comuns são:
  • whey protein (concentrado ou isolado);
  • caseína;
  • proteína da soja;
  • colágeno hidrolisado;
  • albumina do ovo.
A maioria dos hipercalóricos contém uma mistura de fontes de proteína de absorção rápida, média e até lenta. O benefício de ter essa combinação em vez de apenas uma fonte de proteína é que, com ela, você obterá um perfil completo de aminoácidos.
Consumir uma quantidade suficiente de proteína é vital na reparação e reconstrução do tecido muscular.

Diferenças entre suplementos proteicos e hipercalóricos

A maioria dos frequentadores de academia querem conquistar músculos, para isso, além de aderirem a uma alimentação para ganhar massa magra, fazem uso de suplementos para ajudá-las a alcançar esse objetivo.
Entretanto, os que consomem somente proteínas ou aminoácidos isolados não querem apenas ganho de peso. Eles buscam mais músculos por meio de uma maior absorção de proteínas — isso é mais fácil para quem já tem um peso adequado e um bom suporte de carboidratos.
Já os hipercalóricos, geralmente, são usados por quem tem baixo peso ou alta demanda energética. Por terem muitos carboidratos quando comparado as proteínas, essa fórmula costuma oferecer mais calorias do que os suplementos puramente proteicos.
Algumas pessoas ingerem hipercalóricos aliados aos suplementos de proteínas. Mesmo que suas embalagens possuam semelhanças, eles melhoram seu corpo de formas diferentes. Pois, enquanto um ajudará você a atingir as suas necessidades energéticas o outro vai contribuir na oferta de proteínas.

Como usá-lo corretamente?

A fórmula para ganhar peso é realmente muito simples: a quantidade de calorias que ingerimos deve ser maior do que a quantidade de calorias que gastamos.
A melhor forma de usar suplementos e aumentar massa magra ou o seu peso total é buscar o acompanhamento de um nutricionista esportivo. Todavia, para auxiliar na estimativa das suas necessidades energéticas, existem várias fórmulas que calculam o seu gasto energético diário. Elas podem ser encontradas em diversos sites espalhados pela internet e fornecem uma boa base para esse cálculo.

Quantidade recomendada

A depender do peso, gênero, metabolismo, produto escolhido e objetivos desejados, a quantidade indicada pode variar muito. Além disso, alguns produtos têm uma quantidade maior de nutrientes e calorias em cada porção do que outros. Logo, consumir de forma exagerada, qualquer produto, pode causar sintomas desnecessários e indesejados.
Outro fator que deve ser considerado é que algumas pessoas têm um metabolismo muito alto e necessitam de mais calorias para ganhar peso do que outras, isso é muito individual. Assim, normalmente, quem está precisando ganhar apenas 5 quilos, necessita usar menos hipercalóricos do que alguém que busca ganhar 10, por exemplo.

Surgimento dos resultados

Depois que começamos um novo suplemento, bate aquela curiosidade: quando começo a ver os resultados? Bem, primeiramente, vamos fazer alguns cálculos básicos. Sabemos que 3.500 calorias traduzem-se em aproximadamente 1 quilo de peso corporal.
Vamos supor que você dividiu as porções do hipercalórico e agora é capaz de obter um extra de 500 calorias, todos os dias. Isso seria 3.500 calorias extras em uma semana, o que equivale apenas a 1 kg de ganho de peso semanalmente.
Então, depois de tomar seu hipercalórico todos os dias durante um mês, provavelmente você vai ganhar uma média de 4 quilos de massa corporal. Isso pode não parecer muito, especialmente considerando que sua meta seja alta, mas já é um grande salto. Lembre-se de que leva tempo para acumular músculos. Afinal, nada vai transformá-lo da noite para o dia, não é mesmo?
Todas essas imagens de transformação que vemos na internet são resultados de meses — até mesmo anos —, de treinamento intenso e aderência a uma dieta rigorosa.
Se você cumprir as suas metas, verá algumas mudanças significativas em seu corpo. É só uma questão de tempo, dedicação e calorias extras.

Quais os melhores horários?

Para decidir o melhor momento em que você deve tomar um hipercalórico, leve em consideração o tipo de suplemento que está usando. Pois, alguns produtos são adaptados para serem mais úteis em determinados momentos do dia.
No entanto, existem várias opções a serem consideradas caso deseje otimizar sua nutrição e dieta. Conheça as principais!

Ao acordar

Quando você acorda de manhã cedo, seu corpo está atualmente em estado catabólico. Além disso, imediatamente após o despertar, seu organismo ainda não recebeu nenhum tipo de nutrição, tornando esse um dos melhores momentos para tomar um suplemento.

Antes do treino

Nutricionistas e treinadores recomendam, em diversos casos, o consumo de proteínas e carboidratos cerca de 60 minutos antes do início do treino. Ao fazer isso, você está configurando uma janela anabólica antes dos exercícios. Seus músculos recebem nutrição adequada para que os efeitos da musculação não sejam tão severos.

Depois do treino

Após pegar pesado na musculação, chega o momento de alimentar seus músculos com grandes quantidades de proteínas e carboidratos de ação rápida. Dessa forma, o seu corpo pode impulsionar o ciclo de insulina e conduzir rapidamente os aminoácidos e o glicogênio até as células musculares.
O pós-treino pode ser o melhor momento para ingerir hipercalóricos, especialmente se você está tomando apenas uma vez ao dia. Neste momento, seu corpo será capaz de fazer o melhor uso deles.
As pessoas que sonham em aumentar sua massa muscular, devem sempre optar pelos hipercalóricos logo após o treino como parte de uma refeição regenerativa, ainda que seu consumo seja feito em outros horários.
Como ele possui uma quantidade relativamente pequena de proteína, uma porção adicional de aminoácidos deve ser incluída nas próximas 2/3 horas — na forma de alimentos naturais, como peito de frango, queijo cottage ou de suplementos proteicos.
Em situações excepcionais, quando não temos tempo para preparar uma refeição completa, ele também pode ser consumido durante o dia como substituto da comida normal, por exemplo, no lugar do lanche.
Os ectomorfos — aqueles indivíduos com o biotipo bem magro — podem receber tais suplementos em quantidades maiores e com mais frequência. Assim, é recomendado a primeira dose pela manhã, a segunda entre 1 e 2 horas antes do treino e outra após a atividade física.
Além disso, você pode aumentar o conteúdo calórico das refeições convencionais com a ajuda de um hipercalórico. Por exemplo, pode misturá-lo com leite, sucos, vitaminas, frutas ou iogurte natural.

Existe contraindicação para o suplemento?

Usar suplementos hipercalóricos não é indicado para quem sofre com diabetes, hipertensão ou hipotireoidismo. Quem tem alguma doença no fígado ou rins também deve ficar atento.
A melhor forma de garantir que não existe contraindicação e riscos para usar essas substâncias é consultando um médico ou nutricionista. Desse modo, você não arrisca a sua saúde em busca do corpo dos sonhos.

Possíveis efeitos colaterais

Embora sejam raros, tal como ocorre com todos os suplementos alimentares no mercado, há certos efeitos colaterais dos hipercalóricos que podem acontecer e você precisa estar ciente.
O efeito mais notável é que esses tipos de suplementos contêm muitos carboidratos, o que significa que eles podem aumentar seus níveis de açúcar no sangue. Por isso, caso em sua família haja um histórico de diabetes, fazer um teste de glicemia pode ser indicado.
Alguns usuários queixam-se de câimbras, inchaço e desconfortos intestinais. Isso é tipicamente o resultado de consumir uma elevada quantidade de calorias de uma só vez. Se isso acontecer, tente dividir a dosagem durante o dia — talvez misturá-lo com água e não com leite ou trocar a marca.
Também não se esqueça de possíveis alergias e efeitos colaterais inerentes a cada ingrediente separado que podem ser incorporados a um hipercalórico. Caso você seja alérgico a qualquer um dos componentes pode experimentar certas reações indesejáveis.
De forma geral, para quem não tem nenhuma alergia a qualquer um dos ingredientes contidos na fórmula, os suplementos para ganho de peso são completamente seguros para uso em adultos sem outros problemas de saúde.

O que mais é importante saber?

Hipercalóricos são ótimos aliados na busca pelo ganho de peso, mas usar esses suplementos sem se exercitar não é uma boa ideia. É recomendado apenas em situações específicas ou com a recomendação de um profissional especializado.
Além das circunstâncias mencionadas anteriormente, o uso desses suplementos em indivíduos com taxa metabólica normal não é necessário nem recomendado, devido ao risco de exceder as necessidades diárias de calorias e sobrecarregar o organismo.
A principal função dos suplementos hipercalóricos está relacionada à construção muscular, então eles andam de mãos dadas com exercícios de treinamento com pesos, como a musculação.
Isso não quer dizer que você não vai ganhar nenhuma gordura. Afinal, aumentar as calorias consumidas visando a criação de músculos também vai gerar uma massa extra de gordura. Por isso, não entre em pânico. Com o tipo certo de exercício, seu ganho de gordura será mínimo.
Lembre-se que se você tem lutado para ganhar peso, é altamente improvável que ganhe 20 quilos de gordura indesejada — especialmente se não cometer o erro que os outros cometem ao não se exercitar o suficiente.
Contudo, caso não tenha uma rotina de exercícios adequada enquanto estiver tomando esses suplementos você, muito provavelmente, vai engordar e não é de uma forma boa. Isso porque o hipercalórico não é algo mágico que você toma e, em seguida, fica imediatamente sarado.
Sendo assim, ainda é necessário trabalhar muito para esculpir seu corpo, treinando duro e, as vezes, até mais do que antes. Afinal, você já recebeu todas aquelas calorias extras que estão esperando para serem usadas!
Na hora de escolher qual hipercalórico comprar, há diversas coisas que você deve levar em consideração. Primeiro, ele deve ter uma boa relação entre a proteína e os carboidratos. Também é importante que seja produzido por uma empresa séria e que use matéria prima de qualidade. Tem mais: esse tipo de suplemento pode ter um gosto de remédio, então seja cuidadoso e procure por um que tenha sabor agradável.
Portanto, fique ligado e não cometa o erro mais comum que as pessoas que tomam suplementos com alto teor calórico em massa praticam ou você vai ficar bem longe de se transformar em uma montanha de músculos.
Ao olhar os prós e contras de um bom hipercalórico, tudo se resume aos seus próprios objetivos e necessidades. Pense: você pode facilmente e consistentemente atender às suas metas nutricionais diárias apenas com a alimentação, ou precisa de alguma ajuda para consumir a quantidade ideal de calorias?
Se você acredita que é um desafio atingir esses objetivos — um suplemento calórico realmente é uma coisa necessária. Ele ajudará você a preencher essa lacuna, proporcionando uma alimentação rápida, fácil de digerir e barata, com a qual, de outra forma, dificilmente conseguiria — apesar de ser ideal para aqueles que não conseguem encontrar uma maneira de atingir suas metas diárias apenas com a comida.
Por apresentarem uma ótima maneira de obter ganhos maciços rapidamente, sem ter que comer quantidades exageradas de comida todos os dias, no final das contas, optar por hipercalóricos é uma escolha totalmente individual e só você poderá fazê-la.
Esperamos que com esse conteúdo detalhado, tenhamos fornecido informações suficientes para você tomar uma decisão informada quando se trata de descobrir a necessidade ou não de um suplemento para ganho peso.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

TEM HORA CERTA PARA TOMAR WHEY?

Um dos suplementos mais utilizados, com mais comprovações científicas de benefícios a saúde e performance estética e esportiva ainda é cercado por muitas dúvidas e mitos.

Antes ouvia-se que a whey protein era protocolada como um suplemento exclusivo de ser ingerido imediatamente depois da sessão de treino. Parece clichê, mas uma receita global ainda se aplica, “cada caso é um caso”. A whey protein hoje é valorizada mais do que a proteína de ovo, caseína e soja, por sua alta qualidade nutricional e rápida absorção. A proteína é o macronutriente que gera mais saciedade e as dietas ricas em proteínas são conhecidas por exercer efeitos benéficos sobre a composição corporal e o metabolismo.

Um grande número de estudos relata que a ingestão proteica da população em geral é insuficiente. Uma das maiores dificuldades das pessoas que possuem uma rotina exaustiva de trabalho é o acesso a esse nutriente ao longo do dia. A ingestão de whey protein como complemento de uma refeição no meio da manhã ou no meio da tarde, é uma excelente opção para manter os níveis de aminoácidos circulantes na corrente sanguínea de forma a beneficiar o indivíduo fisicamente ativo, atleta ou sedentário. Outros estudos demonstram que a deficiência de proteínas na dieta é uma das principais preocupações com a saúde pública, especialmente nos países em desenvolvimento.

Ao fazer uma comparação simples, 30g de whey protein pode ser proporcional em valores de quantidade proteica a 100g de peito de frango ou 7 claras de ovos cozidos. Isso demonstra a importância e praticidade de englobar o uso da whey num momento que não seria adequado ou possível tal ingestão de determinados alimentos. Ingerir a whey antes ou depois do treino ainda é um dos momentos mais importantes, mas não descarta a oportunidade dessa ingestão ocorrer em momentos afastados do treinamento físico como parte importante de uma refeição.

Referências: Sindayikengera S, Xia WS J Zhejiang Univ Sci B. 2006 fev; 7 (2): 90-8. Bertenshaw EJ, Lluch A, Yeomans MR Physiol Behav. 2008 27 de fevereiro; 93 (3): 427-36. Chou CJ, Affolter M, Kussmann M Prog Mol Biol Transl. Sci. 2012; 108 (): 51-74. Gomes SP, Nyengaard JR, Misawa R, Girotti PA, Castelucci P, Blázquez FH, de Melo MP, Ribeiro AA J Neurosci Res. 2009 Dez; 87 (16): 3568-75.

quinta-feira, 21 de junho de 2018


Lesões na musculação: quais são e como evitar?



Ter o exercício de força como rotina no dia a dia só traz benefícios. Apesar de todas as vantagens para a saúde que sua prática traz, é preciso ficar atento a algumas lesões na musculação que podem surgir por diversos motivos: postura inadequada, excesso de peso ou simplesmente uma resposta do corpo quando não está preparado para aquele exercício.
Mas você sabe quais são as lesões mais comuns que acontecem durante a prática dessa atividade? Quais são seus graus classificatórios, como evitá-las e quais são seus sintomas? Se você quer saber mais sobre isso e melhorar seus treinos, continue a leitura deste artigo.
Abaixo, você confere quais são as lesões mais comuns e o que fazer para ficar longe delas. Acompanhe!

Conheça os graus das lesões na musculação

As lesões são classificadas em 3 graus de gravidade, saiba quais são e as diferenças entre elas.

Grau 1

As lesões de grau 1 são aquelas em que poucas fibras musculares são rompidas. É possível identificar esse tipo ao observar breve inchaço e desconforto mínimo, já que menos de 5% das fibras musculares são afetadas. Não há perda das funções nesse grau e normalmente pode acontecer ao alongar-se ou contrair um músculo.

Grau 2

Aqui, já acontece um maior envolvimento de fibras do músculo rompidas, que podem variar de 5% a 50%. Pode acontecer um inchaço notável e um desconforto moderado, afetando o grau de contração. Os movimentos ficam limitados e as dores podem ser intensas.

Grau 3

Nesse estágio da lesão, acontece uma total ruptura dos músculos, ou seja, a maior parte das fibras é afetada. Por isso, perde-se toda a função muscular e o movimento, apresentando hemorragia e edema. A dor é aguda, constante e, muitas vezes, é preciso cirurgia para solucionar o caso.

Saiba quais são os danos mais comuns na prática dos exercícios

Estiramento

Esse é um tipo de lesão classificado como grau 1, ou seja, é leve e pode apresentar pouco ou nenhum desconforto. O estiramento ocorre quando as fibras são alongadas de forma exagerada durante a musculação.
A causa do estiramento é, normalmente, a falta de alongamento ou aquecimento antes da prática da atividade física.

Distensão

Apesar de ser semelhante ao estiramento, a distensão pode ocorrer nos 3 graus classificatórios de gravidade. Sua diferença é que ela alonga as fibras exageradamente e acaba por romper mais fibras do músculo, causando mais dor e inchaço.
A distensão mais comum é a classificada como grau 2, em que se rompem mais de 50% das fibras musculares. No treino de força, a má postura e os exercícios praticados sem a técnica correta podem causar a distensão.

Contusão

É um tipo de lesão que acontece a partir de um trauma agudo, ou seja, quando o músculo se choca com algum objeto pesado, atingindo as fibras musculares. As contusões podem acontecer em diferentes graus de gravidade, que variam conforme a velocidade e o peso do que se chocou com a parte do corpo lesionada.
Nos casos mais leves, a contusão pode não apresentar desconforto por muito tempo nem deixar marcas. Porém, nos casos médios e graves é preciso prestar atenção, já que podem ocorrer edemas devido à infiltração do sangue nos tecidos.

Disfunções

Diferente de lesões como contusão, distensão e estiramento, as disfunções não afetam as fibras musculares. Elas são apenas condições pontuais que aparecem devido à contração muscular e não abalam a estrutura das fibras. Confira abaixo quais são elas.

Câimbra

No decorrer de um exercício, ela aparece. A câimbra é uma das sensações mais desagradáveis para quem está bem no meio de uma série de musculação, já que ela surge por uma contração súbita do músculo e é involuntária, ou seja, não é possível controlar.
Embora ainda não haja uma causa específica para seu aparecimento, algumas pesquisas apontam que a desidratação e a falta de sódio e potássio nas células podem ser os gatilhos dessa sensação.

Contratura

É um problema causado na hora de relaxar a musculatura trabalhada. O mecanismo de contração falha e o relaxamento do músculo fica comprometido, o que normalmente ocorre durante a prática de exercícios de alta intensidade. A sensação é de que o músculo não volta para o lugar depois do término do exercício, podendo causar dor e desconforto.
O que pode causar uma contratura muscular é a postura incorreta durante a atividade ou o aumento excessivo e repentino do peso carregado.

Entenda como evitar as lesões musculares

É impossível ter controle de tudo o que pode causar uma lesão, porém, tomar algumas atitudes pode ajudar a evitá-la ao máximo. Abaixo, você confere uma lista do que fazer para não se machucar durante a musculação.
  • Faça um bom alongamento antes e depois de qualquer atividade física;
  • Faça um aquecimento antes da musculação;
  • Se você estiver acima do peso, cuidado com a intensidade e a carga dos exercícios: prefira aumentá-las aos poucos, respeitando a adaptação do seu corpo;
  • Tenha um cardápio equilibrado, com nutrientes, vitaminas e minerais de que seu organismo precisa para sustentar os exercícios sem que você fique com aquela sensação de cansaço e falta de energia;
  • Procure um instrutor de confiança para realizar e acompanhar seus treinos, a fim de corrigir a postura, administrar os pesos carregados e controlar a intensidade dos exercícios, a fim de alcançar progressos sem lesões.

Saiba quais são os tratamentos indicados

É evidente que cada tipo e grau de lesão precise ser tratado de acordo com as orientações médicas e de fisioterapeutas. Porém, é importante ressaltar que existem alguns mitos que podem, em vez de ajudar, atrapalhar a recuperação. Massagens, turbilhonamento e tratamentos com calor, por exemplo, podem aumentar a hemorragia e piorar o quadro.
O que se pode fazer são compressas com gelo envolvido em sacos plásticos ou em bolsas especiais, compressões, elevações do membro lesionado, descanso e proteção do local.
As lesões na musculação são comuns, já que toda atividade física mexe com os músculos e, portanto, é passível desse tipo de situação. É sempre importante procurar um profissional para direcionar a realização desses exercícios e, caso ocorra uma lesão, procurar um médico que vai avaliar e oferecer o melhor tratamento.

PALATINOSE: Origem e metabolismo no exercício físico - Felipe Donatto

A habilidade que um determinado alimento eleva os níveis de glicose sanguínea é conhecida como índice glicêmico, que refere-se a velocidade com que os carboidratos são disponibilizados na corrente sanguínea, esta velocidade varia de acordo com o tipo e quantidade de carboidrato e como ele é digerido e absorvido pelo nosso organismo.
O índice glicêmico é um sistema numérico para medir a taxa de glicemia induzida por um determinado alimento, quando relacionado à glicose (Augustin et al., 2008). A taxa normal de glicose no sangue para indivíduos em jejum de 8 horas gira em torno de 70-90mg/dl aproximadamente, não ultrapassando 100mg/dl. Caso haja aumento neste valor, ha possibilidade que o individuo seja portador do diabetes mellitus, já que o nível de glicemia é regulado pelos hormônios pancreáticos insulina e glucagon, e a diabetes preconiza uma falha na ação da insulina (tipo II) ou produção da mesma (tipo I).
Quando pensamos na alimentação de atletas, historicamente, os carboidratos (CHO) são os nutrientes mais relacionados com a melhora da performance, principalmente em esportes com características aeróbias e de longa duração, sendo pesquisado desde a década de 30. As formas de mais usadas são maltodextrina, dextrose, glicose e sacarose, todos possíveis de serem diluídos em água, possuindo um alto índice e carga glicêmica.Podem ser usados em concentrações de 6-8% durante as provas longas, por exemplo: em 500ml de água dilui-se 30g de CHO para ingerir durante os exercícios, para promover uma disponibilidade de glicose para o sistema nervoso central e para os músculos exercitados. Outra estratégia é usar os CHO no período pós exercício para recuperar os estoques de glicogênio muscular e hepático.
Atualmente outras formas de carboidratos estão surgindo no mercado e dentre elas temos em especial a Isomaltulose, mais conhecida como Palatinose. É um dos dissacarídeos (glicose e frutose), com as ligações alfa1-6 glicosidicas oriundo do mel e cana de açucar e possui o mesmo valor calórico dos carboidratos, 4kcal/g (LINA et al.,2002). Porém, a absorção da palatinose depende de enzimas isomaltases, sendo que sua digestão final acontece no intestino, assim sua liberação na corrente sanguínea ocorre de forma lenta. Segundo Atkinson e colaboradores (2008), a palatinose possui um índice glicêmico de 32, sendo considerada de baixo, conforme elucida a figura 1.
Figura 1: Diferença da cinética da glicemia entre maltodextrina e palatinose
A maioria dos trabalhos com a palatinose analisam o efeito de carga glicêmica e oxidação de gordura em pacientes com problemas metabólicos, como diabetes e resistência a insulina.
Com relação ao uso para a nutrição esportiva, a palatinose pode ser usada de maneiras distintas, por exemplo: aumentar a oferta de carboidrato da dieta durante o dia, sem aumentar as concentrações de insulina, pode ajudar no ganho de peso de massa muscular sem o acúmulo de gordura, ou usar a palatinose nos intervalos das refeições maiores quando o individuo não consegue realizar uma refeição sólida, sendo assim, o nutricionista prescreve uma dose de palatinose em conjunto com uma proteína isolada, facilitando a ingestão calórica e proteica do atleta.
Desta forma, o calculo da dieta feito pelo nutricionista esportivo abre a possibilidade do uso de diferentes fontes de carboidrato para alcançar um determinado objetivo estético ou atlético.
Referências:
– Atkinson FS, Foster-Powell K & Brand-Miller JC (2008) International tables of glycemic index and glycemic load values: 2008. Diabetes Care 31, 2281–2283.

– Augustin LS, Franceschi S, Jenkins DJ, et al. (2002) Glycemic index in chronic disease: a review. Eur J Clin Nutr 56, 1049–1071.
– Lina BAR, Jonker D & Kozianowski G (2002) Isomaltulose (Palatinose): a review of biological and toxicological studies. Food Chem Toxicol 40, 1383–1389.