Por ser uma das melhores fontes proteicas
disponíveis, ao lado do frango, peixes e ovos, a carne vermelha é sempre
associada ao ganho de massa muscular. Consumir proteínas de qualidade é essencial
para a formação de músculos. Todas as refeições devem ter como ponto principal
a ingestão de proteínas. São elas que vão reparar o tecido muscular danificado
no treino e construir novos tecidos.
Muita gente ainda acha que carne vermelha é sinônimo
de problemas para o funcionamento do nosso organismo. No entanto, a coloração
da carne não se relaciona necessariamente com seu teor de gorduras. O termo
"carne vermelha" é baseado na concentração de mioglobina da carne.
Essa é uma proteína que transporta oxigênio para os músculos, sendo responsável
pela coloração vermelha da carne. Como exemplo, um gado adulto possui cerca de
2% de mioglobina, enquanto um frango adulto possui apenas 0,2%. A carne do
avestruz é vermelha. No entanto, possui menos gordura do que a carne do frango!
Há aproximadamente quatro anos, chegou ao mercado
de suplementação uma nova opção de proteína em pó, proveniente da carne bovina.
Tive o primeiro contato com a chamada "carne em pó" em uma feira de
suplementação nos EUA, em 2010. A princípio, pensei que estava diante de uma
proteína com absorção lenta, que poderia ser uma boa opção para compor as
refeições intermediárias ou para tomar antes de dormir. Mas estava errado...
A proteína da carne em pó tem rápida absorção, e é
isenta de gorduras. Uma preocupação válida, já que a gordura da carne, em sua
maioria, é saturada, que pode ser prejudicial à saúde, se consumida em excesso.
Portanto, a proteína da carne em pó é mais uma opção nos momentos em que se
deseja uma proteína rapidamente biodisponível, como, por exemplo, imediatamente
antes e/ou após uma sessão de treinamento intenso.
O produto também pode acompanhar receitas doces e
salgadas, como sopas ou vitaminas, e ser uma excelente alternativa para quem
tem dificuldade para mastigar e/ou engolir carne em pedaços, como pacientes com
Alzheimer, Parkinson, pessoas submetidas à cirurgia de redução de estômago ou
procedimentos dentários complexos.
Então devo substituir a whey protein por proteína da carne em pó?
Lembrem-se de que toda generalização é burra. A proteína da carne é mais uma alternativa que pode ser utilizada na elaboração de um programa nutricional, mas não esperem uma verdade absoluta, do tipo: whey protein é melhor que albumina, que é pior que a proteína da carne em pó, que por sua vez é melhor que a proteína isolada de soja. Tudo dependerá da proposta nutricional, dos objetivos do paciente e, principalmente, das características individuais. Quem tem alergia a whey protein e/ou intolerância à proteína do ovo ou da soja, pode se beneficiar com a ingestão da carne em pó.
Então devo substituir a whey protein por proteína da carne em pó?
Lembrem-se de que toda generalização é burra. A proteína da carne é mais uma alternativa que pode ser utilizada na elaboração de um programa nutricional, mas não esperem uma verdade absoluta, do tipo: whey protein é melhor que albumina, que é pior que a proteína da carne em pó, que por sua vez é melhor que a proteína isolada de soja. Tudo dependerá da proposta nutricional, dos objetivos do paciente e, principalmente, das características individuais. Quem tem alergia a whey protein e/ou intolerância à proteína do ovo ou da soja, pode se beneficiar com a ingestão da carne em pó.
A grande vantagem da whey protein é ter níveis mais elevados de leucina do que a proteína da carne. Sabe-se da importância desse aminoácido quando se fala em síntese proteica. Em contrapartida, a whey protein tem menores níveis de arginina, alanina e glicina, aminoácidos diretamente relacionados com a síntese de creatina. Sem contar que a proteína da carne é naturalmente rica em creatina, substância amplamente estudada e confirmada quanto aos seus efeitos no auxílio da melhora da performance e, consequentemente, no ganho de massa muscular.
Portanto, caso se utilize a proteína da carne antes
e/ou depois o treino, para um indivíduo engajado em um programa intenso de
treinamento, sugiro que se introduza aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAS)
antes, durante e/ou após o exercício para complementar os níveis de leucina.
Lembrando que a leucina atua melhor quando acompanhada dos demais aminoácidos
de cadeia ramificada (isoleucina e valina). Por isso, principalmente se for
utilizada intra-treino, não é recomendada a suplementação isolada com leucina.
Esta teria maior validade em complementar um shake proteico ou refeição que já
contenha os demais aminoácidos de cadeia ramificada. Da mesma forma, quando se
escolhe tomar a whey protein, a adição de creatina na suplementação pode ser
útil.
Atualmente, o mercado de suplementação oferece
muitas opções para a elaboração um adequado programa nutricional. Podemos citar
como pós proteicos, além da whey protein e da proteína da carne, as igualmente
interessantes: albumina, proteína isolada de soja, proteína isolada do arroz,
proteína isolada da ervilha, proteína isolada do arroz, dentre outras. Da mesma
forma que o treinador tem uma ampla variedade de exercícios, e precisa escolher
alguns deles para compor o treinamento de seu aluno, o nutricionista deve
saber escolher a suplementação adequada para cada paciente, de acordo com seus
objetivos, necessidades e peculiaridades. Procure sempre orientação
profissional!
Rodolfo Peres é nutricionista especialista em
nutrição esportiva. Atende desde atletas de alto nível a pessoas que
simplesmente buscam uma melhor qualidade de vida.
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